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terça-feira, 10 de maio de 2011

Este sou eu...

Escolhi o verde como minha cor preferida, desde os tempos de criança, porque o verde é a cor predominante do União Sport Club, meu preferido, embora também frequentasse e admirasse o Itabirense e o Esperança.
Mas do União fui Diretor, do União foram meus maiores amores, todos jamais declarados, pela minha timidez e porque assim quis a vida.
O jeans que uso não modifica a cor da esperança de que todos vivam bem, felizes e contentes.
Digo felizes e contentes não por pleonasmo, mas por consciência de que a felicidade só pode realmente existir se houver contentamento.
É uma coisa como ouvir e escutar. Ser feliz e se contentar com a felicidade de ser feliz ...
Eu sou assim. Este sou eu.

Para Michelli

Não me importa o que tu queres,
Importa-me menos teus desejos.
Importa-me, sim, ver-te feliz,
ver-te linda, beijos... beijos.. beijos.

Saudades de ti, linda menina,
que abandonaste teu fã número um.
Mas que deixaste, sua traquina,
meu coração vazio, sem amor nenhum.

Estes versos são meus, de verdade,
pois fatos vêm desde o berço.
Tu, para mim, não és saudade,
és alegria de fato, és apreço.

Meus depoimentos no orkut voaram,
Todos se foram, apagaram.
Só um tem que vigir, repetir, sentir:
Teu sorriso é um brilho, é orvalho,
é choro que da árvore não pode cair.

O polvo



A ânsia de amar e ser amado,
a dúvida de querer e não poder.
Eram duas almas, lindas, puras.
No fundo, mais queriam compreender.

Por que? Por que? Por que?
O encontro se deu sem querer.
Ou querendo tudo, sem pensar.
O avião desceu, ela sem saber.

Ele, agitado, tudo cancelou.
Largou trabalho, compromissos.
Correu, o dia que chegou.

Linda, linda, maravilhosa.
Ela e ele, braços e abraços,
Pernas, sem cansaços,

Da simbiose que se sucedeu,
O amor de polvo aconteceu!

Romeu O. Gurgel, 15.3.2011

Carta a Telê Santana!


Caro Telê:
Quero, com humildade,
lhe dizer
que nasci na mesma cidade
onde nasceu você.

Um dia,
quando ainda em Itabirito
vivia,
tive prazer e alegria
de conhecer sua tia.

Era uma tarde triste
e minha mãe,
sofrida e abandonada,
encontrou na boa alma
(era dela afilhada)
consolo e calma.

Eu, triste infante,
minha irmã,
vestido vermelho, bufante,
estávamos famintos.
Procurar alimentos,
era de minha mãe o afã.

Na pequena cidade,
difícil é a procura,
quando, dentro da lisura,
uma mulher quer viver.
Dona Maria (Deus a guarde)
Amparou-nos, naquela tarde,
Não nos deixando sofrer.

Hoje, vindo de lá,
Reencontrei-o no Ipê.
Fiquei feliz, não por mim,
mas por Dona Maria
que tão bem criou você.

Lembro de Eurico Catuta,
zeloso e compenetrado,
contar sobre meu pai
que minha mãe tinha
abandonado.

Conterrâneo Telê,
a vida corrida
que o destino me impõe,
afastou-me da gente amiga,
mas meu respeito manteve,
agora, antes e depois.

Nesta hora sofrida,
que da Copa perdida,
choram todos brasileiros,
eu, com eles,
com você primeiro,
choro também.

De alegria,
pelo belo comportamento,
de você,
grande timoneiro,
condutor sereno,
que tudo fez de respeitoso
para que nosso “timão”
fosse compeão.

Mineiro tinhoso,
itabiritense de ferro,
se não trouxe a taça,
pouco importa.
Mostrou raça.
Mostrou graça.

No meu coração,
no de todos nossos irmãos,
quer do Brasil quer não,
fomos, somos e seremos sempre
- com você e como você –
o GRANDE CAMPEÃO.

Romeu Oliveira Gurgel, em
Copacabana, 6 de julho de 1982.
Nota do autor: Maria e Eurico Catuta, tios que criaram Telê. Minha mãe, Branca, era afilhada dela. O episódio da perda da Copa e de um dia de fome, eu e minha irmã crianças, amparados por Maria Catuta. Eurico Catuta e meu pai, Vicente, eram b arbeiros.em>

Falando de Itabirito para o mundo

Com certeza foi meu choro, forte, que movimentou o ar de Itabirito, lá no Bairro do Esmeril (hoje, de Santa Efigênia).

Mas minhas primeiras palavras para o mundo, foram, sem dúvida, aquelas que escrevi nos mensários da minha cidade e as que proferi nos microfones da Rádio Cultura de Itabirito.

Diziam que eu tinha voz de besouro (bizorro, como dizia o Luquinha da loja de bicicletas).

Eu me empolgava, respirava fundo e, assim que o prefixo da emissora abaixava, dizia:

SINTONIZAM ZYV-34 RADIO CULTURA DE ITABIRITO A EMISSORA DA CIDADE ENCANTO FALANDO PARA MINAS, PARA O BRASIL E PARA O MUNDO...

Estou brincando um pouco, mas era parecido com isso.

Tinha uma grande admiração para os "astros" e "estrelas" locais e nem acreditava que um dia iria privar da amizade de um Augustinho dos Santos ou conhecer Orlando Silva, tomar café com o Castro Barbosa (do humorístico radiofônico PRK-30) e muitos outros.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Minhas primeiras identidades!

Sou um apaixonado por fotografias e por novas tecnologias.
Fiz aprendizado de revelação de fotos.
Alguém se lembra disso?
O primeiro passo era saber tirar o retrato, como se falava naqueles tempos. Depois, a angústia da espera pelo processo de revelação do negativo e da impressão do positivo.
Estou falando das fotos em preto e branco, é claro.
Não posso esquecer das minhas idas e vindas a Belo Horizonte (de Itabirito, onde vivia) com rolos de filmes para revelar no Foto Elias, lá na Rua Tupinambás (era o que havia de melhor).
Muitas vezes, antes mesmo da revelação, eu já pedia que fosse ampliada a foto número tal em determinado tamanho. Foi numa dessas viagens que soube de um concurso e lá fui eu em busca de uma imagem. Fotografei muitas coisas, desde o Pico de Itabirito até minha bicicleta. Como os recursos não eram grandes, limitei a dois rolos de filmes e caprichei como minha Agfa Isolette, comprada a prazo, em dez prestações, daquelas de fole. É, havia câmara escura que se alongava ao abrir da máquina. As outras eram geralmente chamadas de câmeras caixote, devido à sua forma semelhante.
Reveladas as minhas obras, escolhi para o concurso a foto de minha casa, humilde paiol de milho transformado em residência pela generosidade de minha avó para com meus pais quando se casaram, tendo eu ali nascido. Estava uma beleza: minha casa, minha bicicleta, meu cachorrinho viralada que chamava de "houg", a pedra onde mamãe batia as roupas que lavava, o moirão da cerca, o descascado do rebouco, a cruz de Santa Maria.
Minhas primeiras identidades.
Minhas primeiras fotos.
Meus primeiros encantos.
E, não se espantem, meu primeiro prêmio com a foto que, ampliada, ainda tenho.
Quem adentra meu "home office" espanta-se de ver tão humilde paisagem contrastando com os modernos aparelhos eletro-eletrônicos da época.
É difícil imaginar que aquele menino que fotografava tudo com uma máquina fotográfica de fole, hoje consiga usar coisas chamadas de internet, msn, twitter, orkut, facebook e se maravilhar com as fotos que se revelam em segundos...