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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

SORRISO



Sorrir é preciso.
Preciso, porém, não é o sorriso.
É largo, verdadeiro,
é lisongeiro.

Mas se não sorrio,
Fico, aqui, neste rio.
Triste ou altaneiro,
mas sempre de janeiro.

Em janeiro, nasci.
Fiquei velho, cresci.
Mas, sorrio, mentiroso.
E vivo, alegre, gostoso.

Amo, por que sorrio.
Sorrio, sempre sorrio.
Alma triste, existe,
mas sorrir consiste.

Escrever é conseqüência.
Calar é demência.


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