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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Hoje comemoro seu aniversário, Carlinhos!


José Carlos Barros não era meu irmão de sangue.
Se vivo fosse, estaria aniversariando e, por certo, estaríamos comemorando com a sua bebida predileta, a loura gelada.
Dificilmente alguém poderia ter um irmão como o Carlinhos, com tanta lealdade e tanta verdade.
Os fins de semana, em todos os tempos desde que o conheci, incluía sempre um bate-papo com ele (e algumas cervejas).
Nos finais de tarde, quando estava construindo suas bem elaboradas obras (casas, casinhas e casarões) por perto, era comum eu atender uma ligação telefônica, mais ou menos assim:
- Doutor, daqui a meia hora, estou passando pela sua casa para aquela cervejinha.
Eu era casado com a irmã dele, mas nunca o considerei cunhado.  Sempre foi um irmão, de fato e de direito, para mim. Parece estranho que isso acontecesse, já que é comum a afirmação de que “cunhado não é parente” no sentido jocoso.
Duas histórias fazem clara sua personalidade:

Terminado um contrato de trabalho, com um bom dinheiro no bolso, Carlinhos resolveu viajar para a terra natal, como costumeiramente fazem os meus amigos nordestinos: vão gastar lá, o dinheiro que ganham aqui.
Calculei que despenderia todo seu capital e voltaria sem um níquel. Com tal pensamento, pedi-lhe emprestado uma quarta parte dos seus ganhos, alegando uma pretensa necessidade financeira.
Não titubeou e, no ato, entregou-me o dinheiro que guardei até a sua volta.
Ao chegar, sem um centavo, é claro, muito sem graça, me perguntou se podia arranjar-lhe algum dinheiro, quando lhe devolvi o empréstimo.  Ele, rindo, disse: - Eu sabia que você não precisava, só estava tentando evitar que eu gastasse tudo no nordeste, não é?

De outra feita, no exato dia em que sua irmã me deixou, ele me ligou.
- Doutor, você vai estar em casa à noite?
Era claro que estaria. Fiquei a pensar que ele iria me censurar pela separação ou qual motivo o faria vir me ver após o rompimento do liame familiar.
Chegou perguntando se tinha cerveja, foi ao bar da esquina buscar e pediu-me para passar a noite no quarto de hóspedes, pois tinha que estar muito cedo no trabalho.
Bebemos, conversamos e, enquanto ele não se certificou de que eu estava suportando bem a separação conjugal, não descansou.
Muito tempo mais tarde, confessou-me que temia que eu tomasse alguma atitude impensada atentando, talvez, contra minha própria vida.
Não é este um irmão verdadeiro?
Feliz aniversário, Carlinhos.  Abração, “brother”...

Romeu Oliveira Gurgel,
Copacabana, 19 de agosto de 2011.

Um comentário:

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